quarta-feira, 15 de agosto de 2012

FÓSSEIS

Como conhecemos a História da Vida na Terra?
Através da Paleontologia, ou seja da ciência que estuda dos "seres antigos" ou fósseis
1. O que é um fóssil?
Um fóssil é um resto ou vestígio de um ser vivo do passado.
Qual é a diferença entre um resto e um vestígio de ser vivo?

2. Como se formam os fósseis? (fossilização)
Processo de fossilização, é a designação do conjunto de transformações, em geral de mineralização, que os seres vivos ou os restos de seres vivos experimentam a seguir à sua morte e ao seu enterramento no solo (ver figura).
A animação da imagem evidencia a formação de um fóssil de dinossauro:
1º - O ser vivo morre e é enterrado (inicia-se o processo de decomposição por seres vivos que destrói sobretudo os tecidos moles).
2º - Os sedimentos (areias, argilas, lodos) cobrem os restos do ser vivo ou vestígios da sua actividade.
3º - Pode ocorrer mineralização ou outros processos que levam à conservação do resto ou vestígio do ser vivo nas rochas - forma-se o fóssil.
4º - As rochas onde o fóssil se encontra são erodidas e este surge à superfície, sendo recolhido e catalogado para estudo.
3. Quais os diferentes tipos de fósseis?
Segundo a natureza do cadáver, do sedimento onde se conserva e das águas de infiltração que o atravessam, a fossilização realiza-se por vários processos.
Os processos de fossilização podem verificar-se através de:
  • conservação, que pode ser total se o cadáver subsiste completamente - mumificação - que, geralmente, ocorre nos desertos onde os cadáveres podem ser desidratados;
  • mineralização, em que substâncias minerais como a sílica, sais de cálcio, óxidos de ferro ou qualquer outra substância dissolvida podem substituir pouco a pouco os constituintes do cadáver; incrustação, em que precipitações como, por exemplo, a do carbonato de cálcio incrusta o organismo;
  • moldagem, em que o corpo do animal ou vegetal desaparece completamente mas deixa na rocha um molde (+)saber mais;
  • incarbonização, processo mais frequente nas plantas, em que a matéria orgânica ao abrigo do ar se vai enriquecendo cada vez mais em substâncias ricas em carbono;
  • marca ou impressão, quando ocorre a conservação de vestígios da actividade de seres vivos, como pegadas, etc.
4. Porque são importantes os fósseis?
Estudando os fósseis e comparando-os com os seres actuais, os cientistas descobriram que os animais e os vegetais foram-se modificando através dos tempos. Enquanto alguns tipos se extinguiram, outros sofreram transformações, dando origem aos que conhecemos actualmente.
O estudo dos fósseis auxilia a compreensão das modificações sofridas pelas espécies de seres vivos através dos séculos. Hoje, podemos conhecer paisagens e seres vivos da Terra primitiva reconstituídos em histórias fantásticas de filmes e revistas.
Quanto ao tipo de informação que um fóssil fornece, podemos falar em fósseis de idade e fósseis de ambiente ou de fáceis. No entanto, o mesmo fóssil pode fornecer as duas informações.
Os fósseis de idade são associações de fósseis da mesma idade que caracterizam os estratos ou conjunto de estratos. Podem encontrar-se em regiões diferentes de todo o globo, mas sempre que aparecem indicam a idade da rocha que os contém.
Um fóssil de ambiente permite conhecer e caracterizar os ecossistemas e os ambientes que existiram no passado, em determinado período.
5. É comum encontrar um fóssil?
A fossilização é um fenómeno de excepção, principalmente para os animais e plantas de grande tamanho. Quando um ser vivo morre, é atacado muito rapidamente pelos necrófagos e decompositores de todos os tamanhos e de variadas espécies que vão destruir o seu corpo, começando pelas partes moles.
Para que ocorra a fossilização, é necessário que o corpo se afunde no solo e fique ao abrigo do ar. A preservação das partes moles é excepcional, sendo exemplos os insectos conservados no âmbar, os mamutes das turfeiras da Sibéria e poucos mais.
A figura representa o conjunto de fenómenos que podem ocorrer a um resto ou vestígio de ser vivo até chegar a fóssil.
De uma comunidade de seres vivos do passado, apenas cerca de 10% chega a fóssil.
Só uma pequena parte dos fósseis reúne condições para chegar a ser estudada por cientistas, pelo que o registo fóssil é uma "fotografia" muito "incompleta" do passado, mas útil!
Elaborado por: Ana Rita Moura; Bruna Soares, Filipa Morais & Joana Barroco (7ºB); Luís Filipe.
Revisão: Luís Filipe
Referências Bibliográficas:
Diciopédia 2005 (2004). Porto: Porto Editora.